Mensagens trocadas entre Mauro Cid e uma pessoa do círculo próximo a Jair Bolsonaro revelam a resignação do tenente-coronel quanto ao futuro, em que ele acredita que a prisão dos investigados era inevitável, e que apenas uma reação do Congresso ou dos Estados Unidos poderia mudar o cenário. Nas conversas obtidas, Cid se mostra convencido de que o grupo já havia perdido a batalha judicial: “Eu acho que já perdemos… Os Cel PM (coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal) vão pegar 30 anos… E depois vem para a gente”, afirma.
Diante do avanço das investigações e do que considerava um processo já definido pelo Supremo Tribunal Federal, Cid dizia que “só o Pacheco ou o Lira vai nos salvar”. Para ele, a atuação da cúpula do Congresso seria a única alternativa para evitar a prisão de todos. “O STF está todo comprometido”, declarou.
O militar também enxergava na política externa uma chance de reverter o cenário. Em uma das mensagens, sugeriu que a vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas poderia provocar uma reação internacional contra o governo brasileiro. “Uma coisa que pode mudar… é uma vitória do Trump… e o Brasil começar a ter sanções… igual Nicarágua e Venezuela”, escreveu.









