A reta final da campanha presidencial na Argentina está marcada por intensos ataques vindos dos marqueteiros do PT, que trabalham para o candidato governista Sergio Massa. Com o primeiro turno das eleições agendado para este domingo (22), a equipe petista, engajada na campanha do candidato peronista desde setembro, tem se esforçado para evitar uma vitória do oposicionista Javier Milei nessa etapa inicial. Milei, autodeclarado “anarcocapitalista” e outsider político, propõe ideias que variam desde a dolarização da economia até a facilitação do porte de armas, além de ser declaradamente apoiado por figuras como Jair Bolsonaro e fã de Donald Trump.
A estratégia dos marqueteiros do PT concentra-se principalmente nas redes sociais, onde produzem conteúdos e realizam análises de dados. Nestes últimos dias, têm explorado declarações polêmicas de Milei, incluindo seus ataques ao papa Francisco. Milei chegou a afirmar que o papa tem “afinidade com comunistas assassinos”, embora posteriormente tenha se retratado pelas palavras. Enquanto isso, as redes sociais de Massa têm sido inundadas com publicações de encontros com jovens, artistas e produtores culturais, além de mensagens do candidato instando os argentinos a irem às urnas com o orgulho da bandeira nacional.
Os marqueteiros escolhidos pelo candidato apoiado pelo presidente Alberto Fernández são Otávio Antunes, Raul Rabelo e Halley Arrais. Antunes já trabalhou na campanha para o governo de São Paulo do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em 2022, além de ter participado das campanhas de Gustavo Petró, na Colômbia, e de Efraín Alegre, que foi candidato derrotado no Paraguai. Rabelo esteve envolvido na campanha de Lula no ano passado, enquanto Arrais colaborou com o candidato Edegar Pretto na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul.