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Mais da metade das prefeituras brasileiras (54%) encerrou 2024 com déficit fiscal, segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). O rombo somou R$ 32,6 bilhões, mais que o dobro do registrado em 2023, que foi de R$ 15,3 bilhões. O estudo analisou dados de 4,8 mil cidades e mostra que, em dois anos, o prejuízo acumulado ultrapassa R$ 48 bilhões.
As despesas cresceram mais do que as receitas: enquanto a arrecadação subiu 9,9% de 2023 para 2024, os gastos avançaram 11,34%. Um dos principais fatores foi o aumento nos investimentos, que cresceram 25% acima da inflação, totalizando R$ 135,2 bilhões. Também houve alta nos gastos com pessoal (5%) e nas despesas correntes (14%).
O presidente da CNM deve apresentar os dados ao ministro Fernando Haddad nos próximos dias. Os prefeitos articulam a aprovação da PEC 66 no Congresso, que prevê o parcelamento das dívidas previdenciárias e outras medidas de alívio fiscal para equilibrar as contas municipais.
