Após 11 anos de espera por respostas, dona Maria José da Silva morreu sem saber o que aconteceu com o filho, Davi da Silva, desaparecido depois de uma abordagem policial em Maceió. Ela faleceu na sexta-feira, após complicações cardíacas, dois meses depois da suspensão do júri popular dos policiais acusados no caso.
Davi desapareceu em agosto de 2014, no bairro Benedito Bentes, após ser colocado dentro de uma viatura da Polícia Militar. Segundo testemunhas, ele estava com uma pequena quantidade de maconha no momento da abordagem. Desde então, nunca mais foi visto.
A dor da espera marcou a vida de dona Maria, que passou mais de uma década cobrando justiça e respostas do Estado. Familiares relatam que ela viveu anos de sofrimento, adoecimento emocional e angústia constante por não saber o paradeiro do filho.
O caso envolve quatro policiais militares acusados de torturar e matar Davi da Silva. O julgamento, que poderia trazer respostas à família, foi suspenso e ainda não tem nova data marcada.
Na época do desaparecimento, Davi estava acompanhado de Raniel Victor Oliveira da Silva, que meses depois foi encontrado morto. Raniel era considerado a principal testemunha do caso.












