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Lula sobre Moro e Bolsonaro: ‘Não tenho que falar nem da coisa, nem do coiso’

Após gerar uma crise de comunicação dentro do governo sobre declarações a desafetos políticos, entre eles: o ex-presidente Jair Bolsonaro e o senador Sérgio Moro (União Brasil – PR), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (6), que foi orientado pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, a parar de falar sobre os dois. 

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“O (Paulo) Pimenta tem me orientado todo dia para não falar desses nomes, porque ele me proibiu. Por isso que eu não citei os nomes. Eu não tenho que falar nem da coisa, nem do coiso”, disse durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. 

O petista disse que o “bom senso e a maturidade” lhe ensinaram a ter “um compromisso” de falar sobre o mundo do trabalho e “obsessão” para melhorar a educação e a saúde. E que “sobre o passado, ele pretende falar o menos possível”.  

 

Bolsonaro 

Lula foi questionado sobre a volta de Bolsonaro ao país e sobre a possibilidade do adversário se tornar inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  

O presidente disse que “tem consciência sobre ele querer voltar a ser candidato” e que “trabalha com a hipótese de que ele vai voltar a fazer oposição”, mas que, ainda assim, Bolsonaro tem que responder aos inquéritos pelos quais é investigado e também vai “responder a muitos processos”.  

“Ele voltou tanto a acreditar em política que se filiou ao PL, ele já não discorda tanto da política como antes, para enganar a sociedade brasileira, porque depois de 28 anos de mandato, era só pra enganar os incautos nesse país”, disse.  

“Acho que o Bolsonaro pode inclusive correr risco de ter processo no exterior, porque o que ele fez com a Covid não foi brincadeira. Negar a ciência como ele negou não é qualquer coisa. Portanto, ele vai pagar pelos erros que cometeu”, afirmou Lula. 

O governante disse ainda que Bolsonaro “está livre para fazer ‘motociata’” e ironizou. “Ele imaginava que teria uma grande recepção, que ia ter milhões de motocicletas, como não tinha ninguém para pagar a gasolina, não tinha ninguém”.

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