O número de famílias atendidas pelo Bolsa Família caiu para 18,9 milhões em outubro, o menor nível desde julho de 2022. Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o programa social registrou uma redução de 2,7 milhões de beneficiários em comparação com o fim de 2022, quando Jair Bolsonaro (PL) deixou o cargo.
A diminuição começou a se acentuar a partir de julho deste ano, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. O governo atribui parte da queda ao processo de revisão cadastral, que busca eliminar fraudes e garantir que apenas famílias com perfil de vulnerabilidade social permaneçam no programa.
Criado em 2003 durante o primeiro mandato de Lula, o Bolsa Família se tornou o principal programa de transferência de renda do país, sendo referência mundial em políticas de combate à pobreza. Ao longo dos anos, passou por reformulações e ampliações, incluindo bônus por desempenho escolar e saúde das crianças.
Em outubro, o benefício médio pago às famílias foi de R$ 683,42. Antes da pandemia, em dezembro de 2019, o valor médio era de R$ 191,77, um aumento de 256,4% no período, muito acima da inflação acumulada de 39,9%. Apesar do reajuste nos valores, o governo agora enfrenta o desafio de equilibrar o alcance social do programa com o rigor no controle de cadastros.











