Durante a votação do arcabouço fiscal, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), liberou R$1 bilhão em emendas parlamentares, configurando a maior distribuição de recursos realizada em um único dia do ano.
Durante as horas que antecederam a votação, parlamentares foram flagrados expressando descontentamento com a articulação política do Planalto e solicitando emendas e cargos no ambiente descontraído do cafezinho da Câmara. O deputado Igor Timo (Podemos-MG), vice-líder do governo, ao comentar sobre a situação, soltou uma gargalhada e afirmou: “Pelo Brasil, né?”.
A liberação dos recursos contemplou deputados e senadores, sendo realizada às custas do Ministério da Saúde, que foi responsável por 99% dos empenhos efetuados na terça-feira (23).
Agora, o valor de R$ 1,052 bilhão está pronto para ser repassado às prefeituras indicadas pelos parlamentares. Os partidos mais beneficiados foram, o PT, MDB, PSD e União Brasil, os quais fazem parte da base governista e possuem membros insatisfeitos com a forma como o Executivo tem tratado o Legislativo.
As emendas individuais são de caráter impositivo, o que significa que o governo é obrigado a pagar de acordo com as indicações dos parlamentares. No entanto, o Executivo tem controle sobre o momento em que os recursos serão liberados.
Além desses recursos específicos, o governo liderado por Lula também iniciou a liberação de verbas provenientes do orçamento secreto, extinto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Esses recursos agora estão sob a supervisão dos ministérios, mas ainda são direcionados para atender aos pedidos dos parlamentares.