Durante agendas em Itabira e Belo Horizonte nesta quinta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo direto aos homens ao comentar o avanço do feminicídio no Brasil. Lula afirmou que a violência contra mulheres “não é um problema delas, mas dos homens”, destacando que agressões, abusos e assassinatos revelam falhas profundas na formação, no comportamento e na educação masculina.
O presidente afirmou que apenas endurecer penas não é suficiente para conter a escalada de crimes brutais, como atropelamentos, espancamentos, assassinatos a tiros e ataques contra gestantes. Para ele, tais episódios evidenciam a urgência de uma transformação estrutural na sociedade. Lula defendeu que o tema seja incorporado ao currículo escolar para formar futuras gerações que respeitem mulheres e rejeitem todas as formas de violência.
Durante o discurso, o presidente citou casos recentes de extrema crueldade e questionou publicamente “que pena merece um homem que age assim?”, ressaltando que nenhuma punição compensa a perda das vítimas. Lula reforçou que a raiz do problema está na formação social e que mudanças profundas são indispensáveis para reduzir os índices de feminicídio no país.
O apelo do presidente ocorre em meio a um cenário preocupante, com números crescentes de violência de gênero e pressões para que políticas públicas mais eficazes sejam implementadas. Lula insistiu que enfrentar o problema exige responsabilidade coletiva, especialmente dos homens, e compromisso contínuo com educação, prevenção e respeito.









