O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (2.dez.2025) que a primeira-dama Janja Lula da Silva ficou profundamente abalada com o caso de Tainara Santos, jovem atropelada pelo ex-companheiro em São Paulo no último sábado (30). A vítima, que teve as duas pernas amputadas, permanece internada em estado gravíssimo.
Lula relatou que Janja pediu que ele assuma uma postura “mais dura” no enfrentamento à violência contra mulheres. Segundo o presidente, ela chorou repetidas vezes ao acompanhar casos recentes de feminicídio e cobrou uma resposta mais firme do governo. “Ela pediu para eu assumir a responsabilidade de uma luta mais dura contra a violência do homem contra a mulher”, afirmou.
Durante cerimônia no Porto de Suape, em Ipojuca (PE), Lula declarou que o sistema penal brasileiro falha em punir agressores e classificou como insuficientes as penas aplicadas a casos de violência extrema. O presidente citou episódios recentes, incluindo o de Tainara, e questionou se o Código Penal é capaz de dar uma resposta adequada. “Até a morte é suave para um criminoso desses”, disse.
O autor do atropelamento, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, foi preso. Lula também criticou desigualdades no tratamento dado a acusados ricos e pobres, afirmando que agressores com recursos conseguem deixar a prisão rapidamente, enquanto pessoas vulneráveis enfrentam punições mais duras. Ele defendeu um debate nacional para fortalecer políticas de combate ao feminicídio e à violência doméstica.








