Nesta sexta-feira (16/8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a Venezuela não é uma ditadura, mas sim um “regime muito desagradável”. Em entrevista à Rádio Gaúcha, ele descreveu o governo de Nicolás Maduro como autoritário, destacando que o país é relevante para o Brasil. Esta é a quinta visita de Lula ao Rio Grande do Sul desde as enchentes de maio.
Lula expressou preocupação com a transparência das eleições na Venezuela e pediu a apresentação das atas eleitorais para reconhecer qualquer resultado. Ele mencionou que Maduro tentou barrar a viagem do assessor Celso Amorim para observar o pleito, o que, segundo Lula, só prejudica o presidente venezuelano. Comparou a situação com as eleições no Brasil, observando a ausência de problemas semelhantes aos registrados no 2º turno de 2022.
Sobre a nota do PT que reconheceu a reeleição de Maduro, Lula discordou e esclareceu que sua posição não reflete a linha oficial do partido. Ele ressaltou que há independência entre o governo e o PT e afirmou que a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, pode criticar o governo quando achar necessário.
