A rede de lojas Havan e seu proprietário, Luciano Hang, conhecido como “véio da Havan”, foram condenados a pagar R$ 85 milhões a título de danos morais individuais e coletivos por assédio eleitoral na véspera das eleições de 2018. A decisão, decorrente de uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT), foi proferida pelo juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A sentença, de primeira instância, ainda está sujeita a recurso.
Em resposta à decisão, Luciano Hang classificou-a como “descabida e ideológica”. O empresário, em nota, considerou o veredicto um “total absurdo” e argumentou que, na época dos eventos, foram realizadas perícias nomeadas pela Justiça do Trabalho, não comprovando irregularidades. Hang destacou que o juiz, em sua visão, não seguiu as provas, mas sim sua própria ideologia, lamentando mais uma vez a situação em que um empresário é retratado como bandido.
Segundo informações do g1, a ação do MPT detalha que, na véspera das eleições de 2018, Luciano Hang realizou reuniões com os funcionários de suas lojas para questionar seus votos no pleito, sugerindo que “dependendo do resultado presidencial, poderia demitir 15 mil pessoas”.