13 de dezembro de 2025
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Juliana Marins pode ter sobrevivido até 32 horas após queda na Indonésia, revelam peritos

Juliana Marins

A jovem Juliana Marins, de 26 anos, pode ter permanecido viva por até 32 horas após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11) durante coletiva da Defensoria Pública da União (DPU), no Rio de Janeiro, com base em laudo da nova necropsia realizada no Instituto Médico Legal (IML). O dado foi obtido a partir de exames entomológicos, que analisaram larvas encontradas no corpo da vítima.

De acordo com o legista Reginaldo Franklin Pereira, da Polícia Civil do Rio, a análise das larvas com apoio da entomologista Janyra Oliveira Costa permitiu estimar que a morte de Juliana ocorreu por volta do meio-dia de 22 de junho, horário local. Como a queda foi registrada às 4h da manhã do dia anterior, ela pode ter sobrevivido por mais de um dia. A causa da morte foi definida como politraumatismo, com lesões causadas por impacto.

Segundo os peritos, a última queda teria provocado ferimentos fatais, com a vítima resistindo por no máximo 15 minutos após o impacto final. Testemunhas afirmam que Juliana foi ouvida pedindo socorro por mais de 14 horas. O resgate só ocorreu quatro dias depois, no dia 25 de junho. A primeira autópsia, feita na Indonésia, foi considerada inconclusiva, o que levou a família a solicitar nova análise no Brasil, autorizada pela Justiça Federal.

O laudo foi apresentado na sede da DPU com presença da família de Juliana, defensores públicos e peritos. Os especialistas destacaram que, apesar de haver margem de erro, a estimativa é baseada em técnicas forenses consolidadas. “Determinamos o momento da morte com base na ciência, não em suposições”, concluiu o legista.