O julgamento do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi interrompido e remarcado para a próxima quinta-feira, às 15h (de Brasília), após o auditor Marco Aurélio Choy pedir vista do processo. A sessão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) tinha pauta única e, no momento da interrupção, o jogador já havia recebido um voto favorável. O relator Sergio Furtado Filho se posicionou pela absolvição no artigo 243-A, que trata de conduta capaz de influenciar o resultado de uma partida e pode render até 12 jogos de suspensão, e pela punição apenas no artigo 191, com multa de R$ 100 mil, mas sem suspensão. Com isso, caso o voto fosse acompanhado pelos demais auditores, Bruno Henrique seguiria liberado para atuar normalmente.
Bruno Henrique esteve presente no julgamento e continua apto a jogar, já que está amparado por um efeito suspensivo concedido em setembro. O Flamengo só volta a campo no sábado, contra o Sport, em partida atrasada do Brasileirão. O advogado do clube, Michel Assef, destacou que ficou claro no julgamento que não houve manipulação de resultado nem benefício a terceiros, e que a defesa entende que o caso deveria resultar em absolvição total, embora reconheça que o relator tenha optado por uma penalidade disciplinar.
O atacante foi denunciado por supostamente ter forçado um cartão amarelo para beneficiar apostadores, em jogo contra o Santos no Mané Garrincha, em 2023. Na primeira decisão, em setembro, ele chegou a ser condenado a 12 jogos de suspensão, mas continuou atuando graças ao efeito suspensivo. Agora, a situação está ainda indefinida porque, além do recurso apresentado pelo Flamengo para tentar livrá-lo completamente da punição, a Procuradoria do STJD também recorreu pedindo o aumento da pena. O desfecho deve ocorrer na quinta-feira, quando o julgamento será retomado.










