A jornalista chinesa Zhang Zhan, de 42 anos, recebeu nesta quinta-feira (25) uma nova condenação de quatro anos de prisão pelo regime comunista da China. Ela já havia cumprido pena semelhante após ser acusada de “espalhar boatos” ao noticiar os primeiros momentos do surto de covid-19 no país, em 2020.
Zhang foi uma das primeiras vozes a relatar a realidade em Wuhan, cidade onde o coronavírus começou a se espalhar. Seus vídeos e relatos circularam internacionalmente, atraindo atenção para a gravidade da situação e para a falta de transparência das autoridades locais no início da pandemia.
A nova sentença repete a acusação usada em 2020, quando a jornalista foi presa e posteriormente condenada. Organizações internacionais de direitos humanos denunciam que Zhang é vítima de perseguição política e apontam que sua prisão representa um duro golpe à liberdade de imprensa na China.
Para entidades como a Anistia Internacional, o caso simboliza o esforço do regime de silenciar vozes críticas e restringir o acesso à informação independente, especialmente em temas considerados sensíveis pelo governo chinês.













