O advogado João Neto, preso preventivamente depois de ser denunciado por violência doméstica, será transferido para o módulo especial do presídio Baldomero Cavalcanti. Antes, ele estava no presídio militar, mesmo sem ter sido um profissional da corporação de ofício. João chegou a fazer curso de formação para soldados, mas foi expulso da Polícia Militar da Bahia há 15 anos. Porém, pouco antes de entrar no Sistema Prisional, passou mal e foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Universitária, onde está internado na área vermelha do local.
O fato do advogado passar os últimos dias em um presídio militar sem ser um PM gerou leve discussão por ser algo irregular, fere os princípios constitucionais de admissões de presídios militares. A justificativa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) é que o espaço é o único em Alagoas com Sala do Estado Maior, local onde advogados são encaminhados quando presos. Agora, a situação está resolvida. Ele vai ficar no módulo especial, para pessoas com curso superior, com capacidade para aproximadamente 30 pessoas.
João Neto está preso desde a noite da última segunda-feira (14), acusado de agredir a sua companheira no apartamento onde ambos moravam, no bairro da Ponta Verde, em Maceió. Depois dos depoimentos prestados, a Justiça converteu sua prisão temporária em preventiva.