O candidato a vereador por Maceió, João Catunda (PP), afirmou que ele e sua família estão sendo alvo de perseguição política por parte do senador Renan Calheiros (MDB) e de seus apoiadores. A declaração foi dada em entrevista exclusiva ao jornalista Berg Morais, no quadro Ponto de Vista, do programa Farol Notícias, nesta terça-feira (10).
Ao ser questionado sobre seus recentes posicionamentos contra o senador, o vereador desabafou, afirmando que a perseguição ocorre há quatro anos, desde que foi eleito em 2020. Ele também ressaltou que essa perseguição se intensificou após manter sua postura de oposição à família Calheiros.
“Esses meus posicionamentos [de oposição] fizeram com que essa perseguição continuasse e se tornasse ainda mais intensa, afetando a mim, minha família e meu mandato, chegando ao ponto de tentarem censurar algumas das minhas falas em plenário”, declarou.
Catunda destacou ainda que o senador já o processou três vezes: duas na esfera criminal e uma na civil. Ele revelou que, no total, Calheiros solicitou 12 anos de reclusão e R$ 100 mil em multas. “Ele me processou por falar a verdade, por expressar o que penso e o que acredito que representa muitas pessoas”, afirmou.
O candidato também relatou um episódio envolvendo um dos filhos do senador, identificado como Rodolfo Calheiros, que entrou em contato com ele pelas redes sociais após uma passeata em que Catunda criticou Renan Calheiros, e que repercutiu na internet.
“Recebi até um emoji de foguinho de um dos filhos do Renan, e fiquei sem entender o que significava”, disse Catunda, relatando também que ele e seus apoiadores foram alvos de lasers durante a passeata realizada nas proximidades da residência do senador, em Maceió.
Durante a entrevista, Catunda reafirmou sua oposição ao senador, destacando que não mudará sua postura, mesmo diante das perseguições.
“Meu repúdio ao senador Renan Calheiros permanece o mesmo. Sempre será firme. Continuo afirmando que ele é o maior bandido do Brasil, e sofro muita perseguição por conta disso”, concluiu.