O governo de São Paulo confirmou a terceira morte por intoxicação por metanol na Grande São Paulo. As vítimas consumiram bebidas alcoólicas adulteradas, que estão sendo investigadas pelas autoridades sanitárias e policiais. Marcelo Macedo Lombardi, advogado de 45 anos, faleceu no sábado (27) após ingerir uísque em uma festa em São Bernardo do Campo, conforme informou a Prefeitura local. Ao todo, pelo menos 16 casos estão sendo apurados no estado.
Outra vítima é a designer de interiores Rhadarani Domingos, que está internada há dez dias após tomar caipirinhas de vodca adulteradas. Ela sofreu um AVC e perdeu parte da visão. “Gosto nenhum diferente. E ainda assim, o que me impressiona, é que, teoricamente, uma caipirinha é uma dose de vodca, mais fruta, açúcar, gelo… E ela causou um estrago bem grande”, relatou.
O metanol, utilizado na indústria, é altamente tóxico e pode provocar insuficiência hepática, renal e pulmonar, além de lesões no nervo óptico, levando à cegueira. “O paciente pode apresentar sintomas gastrointestinais, confusão mental, falta de ar e acidose metabólica, que altera o pH do sangue”, explica Fábio Ejzenbaum, chefe do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo.
Equipes da polícia e da Vigilância Sanitária recolheram garrafas de destilados em bares da Zona Leste, enquanto uma força-tarefa dos governos federal e estadual monitora a situação. O objetivo é identificar os responsáveis pela fabricação e distribuição das bebidas adulteradas e localizar outras possíveis vítimas.
