A influenciadora e educadora Bárbara Carine criticou, nesta segunda-feira (20), a aprovação da Lei nº 262/2025, proposta pelo vereador Kênio Rezende, que inclui a Bíblia como material paradidático nas escolas da rede municipal de Salvador. A medida, aprovada pela Câmara Municipal, gerou debate sobre os limites entre ensino público e liberdade religiosa.
Para Bárbara, a decisão representa uma violação ao caráter laico da educação pública e pode abrir precedentes para a imposição de crenças religiosas no ambiente escolar. “A escola não é a extensão da igreja de ninguém. Está previsto na Constituição Federal brasileira”, afirmou a educadora, lembrando que o Estado deve garantir neutralidade em relação às religiões.
Ela também destacou o impacto simbólico da lei em uma cidade com população majoritariamente negra e fortemente ligada às religiões de matriz africana. “Essa decisão privilegia uma visão religiosa específica e pode reforçar a marginalização de outras crenças, especialmente as de origem africana”, acrescentou.
A aprovação da medida divide opiniões entre vereadores, educadores e representantes religiosos. Enquanto apoiadores argumentam que a Bíblia é um patrimônio cultural e histórico, críticos apontam que sua inclusão no currículo escolar fere o princípio constitucional da laicidade do Estado e ameaça a diversidade religiosa nas escolas públicas.
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