13 de dezembro de 2025
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Influencer milionário é acusado de manter mulher em condição análoga à escravidão por 30 anos

Condenado em primeira instância pelo Tribunal Regional do Trabalho de Campinas, o influenciador de medicina chinesa Peter Liu é acusado de manter, por cerca de 30 anos, uma mulher em condição análoga à escravidão. Com milhões de seguidores nas redes sociais, ele teria explorado a vítima dentro da própria casa, sem pagamento de salário e com jornada exaustiva.

Segundo o processo, a mulher, hoje com 59 anos, foi cooptada em Pernambuco e submetida a uma rotina de até 15 horas diárias de trabalho. Ela iniciava as atividades por volta das 7h e só encerrava as tarefas às 22h, quando podia se alimentar. Em alguns períodos, dormia em uma maca do consultório ou em um depósito de materiais.

A denúncia aponta ainda que, além dos serviços domésticos, a vítima atuava na clínica de medicina chinesa da família, preparando pacientes e exercendo função de secretária. Ao longo de três décadas, o único dinheiro recebido eram trocados de compras. Relatos indicam que ela chegou a sofrer picada de animal peçonhento sem receber atendimento médico adequado.