Condenado em primeira instância pelo Tribunal Regional do Trabalho de Campinas, o influenciador de medicina chinesa Peter Liu é acusado de manter, por cerca de 30 anos, uma mulher em condição análoga à escravidão. Com milhões de seguidores nas redes sociais, ele teria explorado a vítima dentro da própria casa, sem pagamento de salário e com jornada exaustiva.
Segundo o processo, a mulher, hoje com 59 anos, foi cooptada em Pernambuco e submetida a uma rotina de até 15 horas diárias de trabalho. Ela iniciava as atividades por volta das 7h e só encerrava as tarefas às 22h, quando podia se alimentar. Em alguns períodos, dormia em uma maca do consultório ou em um depósito de materiais.
A denúncia aponta ainda que, além dos serviços domésticos, a vítima atuava na clínica de medicina chinesa da família, preparando pacientes e exercendo função de secretária. Ao longo de três décadas, o único dinheiro recebido eram trocados de compras. Relatos indicam que ela chegou a sofrer picada de animal peçonhento sem receber atendimento médico adequado.













