O Ministério Público de Alagoas (MPAL) realizou uma fiscalização no Instituto Médico Legal (IML) de Maceió e identificou o acúmulo de corpos e ossadas. Ao todo, o IML registra 284 cadáveres, alguns estão no local há mais de dez anos, o que configura um problema de saúde pública.
Após uma reunião entre o IML, MPAL e o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos de Alagoas (PLID/AL), foram discutidas estratégias para a saída dos corpos identificados. A promotora de Justiça Karla Padilha destacou a gravidade da situação, ressaltando a responsabilidade do IML em realizar exames e não armazenar corpos.
O diretor do IML destacou a necessidade do sepultamento de aproximadamente 120 corpos por ano, mas o local dispõe apenas de 99 gavetas. Para resolver a questão, são necessárias aproximadamente 360 gavetas adicionais em cemitérios da região. A falta de cruzamento de dados entre os cadáveres identificados e os registros no Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), também é outro fator agravante para a situação.