O influenciador digital Hytalo Santos, preso desde agosto sob suspeitas de tráfico humano e exploração sexual infantil, divulgou uma carta aberta negando todas as acusações. O texto foi publicado no domingo (7) por Kamilynha Santos, uma das adolescentes que morava com o criador de conteúdo. Na manifestação, Hytalo afirma que jamais cometeu crimes contra as crianças e jovens que participavam de seus vídeos para a internet.
Apesar de admitir que sua “metodologia” de criação e a forma como educava os menores podem ser vistas de maneira negativa, o influenciador refutou qualquer prática criminosa. Ele afirmou ter adotado um estilo próprio de orientação, que reconhece ser “errado ao ver de alguns”, mas insistiu que não houve tráfico, pedofilia ou abuso. Segundo ele, a prisão foi inesperada: “Jamais imaginei que gravar meu cotidiano resultaria nisso”.
Hytalo defendeu que seus vídeos retratavam a realidade em que cresceu, sem conotação sexual. De acordo com a carta, as gravações mostravam “dança periférica, favela e a verdade”, e não tinham intenção de sexualizar crianças ou adolescentes. A controvérsia ganhou força após um vídeo do youtuber Felca detalhar a “adultização” presente no conteúdo do influenciador, impulsionando milhões de visualizações e ampliando o debate público.
A repercussão do caso mobilizou parlamentares a discutirem novas regras para reforçar a proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital. As imagens que desencadearam a polêmica mostravam jovens com poucas roupas e participando de coreografias sensuais, o que intensificou as críticas e levou à investigação que mantém Hytalo Santos detido.
