O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a criticar o atual patamar da taxa Selic, de 15% ao ano, e defendeu que o Banco Central reduza os juros diante da perda de força da inflação. Durante participação na abertura do Bloomberg Green Summit, em São Paulo, nesta segunda-feira (3), o ministro afirmou que a manutenção da taxa é insustentável e que o recuo deve ocorrer “por mais pressão que os bancos façam sobre o BC”.
Haddad destacou que a inflação deve fechar 2025 dentro da meta, contrariando projeções anteriores do mercado. Segundo ele, o IPCA deve retornar ainda neste ano ao intervalo de tolerância de 4,5%, definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). “Diziam que a inflação iria voltar para a banda da meta em 2027, mas isso vai acontecer neste ano”, afirmou.
O ministro também criticou as estimativas pessimistas do mercado financeiro sobre o desempenho da economia brasileira. Ele citou previsões erradas feitas no início do ano sobre o dólar, que, segundo analistas, chegaria a R$ 7,50. “O dólar está em R$ 5,40, e se passaram apenas cinco meses após as previsões catastróficas sobre a questão fiscal, o dólar e a inflação”, ironizou Haddad.
