Nesta sexta-feira (20), o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que é necessário “corrigir essa escorregada no dólar” durante um café da manhã com jornalistas em Brasília. Ele atribuiu a alta acentuada do dólar no Brasil a problemas de comunicação, apesar da valorização global da moeda. Haddad defendeu intervenções do Banco Central para corrigir disfuncionalidades no mercado cambial, sem estabelecer uma meta específica para a taxa de câmbio.
Analistas associam a disparada do dólar ao pacote de cortes de gastos e ao aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil, visto como insuficiente para equilibrar as contas públicas. O Banco Central interveio recentemente, vendendo quase US$ 28 bilhões desde o dia 12, o que ajudou a baixar a cotação do dólar para cerca de R$ 6,07 nesta sexta.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mencionou uma saída atípica de dólares no fim do ano e garantiu que a instituição continuará intervindo quando necessário, apoiada pelas reservas internacionais do país, que ultrapassam US$ 370 bilhões.
