Os Estados Unidos retiraram o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa da lista de pessoas sancionadas pela Lei Magnitsky. A decisão ocorre em meio a mudanças recentes no cenário político brasileiro, especialmente após a aprovação do PL da Dosimetria pela Câmara dos Deputados. O gesto é interpretado como um sinal de reavaliação das tensões envolvendo o Judiciário brasileiro.
Segundo uma fonte do governo americano, a aprovação do projeto foi considerada um avanço importante para reduzir conflitos políticos no país. A proposta diminui as penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e pode beneficiar também o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. A condenação de Bolsonaro havia sido usada anteriormente pelos EUA para justificar as sanções.
A Lei Magnitsky determina o bloqueio de bens e interesses de sancionados em território americano ou sob controle de cidadãos dos EUA. A remoção de Moraes da lista ocorre um dia após declarações públicas de Christopher Landau, vice-secretário de Estado, que expressou preocupação com o uso do processo legal para fins políticos no Brasil. Ele destacou que via no projeto aprovado um primeiro passo para corrigir esses abusos.
Landau também afirmou que a mudança abre caminho para uma melhora nas relações entre os dois países. Segundo ele, os Estados Unidos veem a recente movimentação legislativa no Brasil como um sinal positivo para diminuir tensões e promover maior estabilidade institucional. A decisão reforça a perspectiva de um período de distensão diplomática após meses de atritos.










