O governo brasileiro gastou R$ 345.013,56 para transportar a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada por lavagem de dinheiro, do Peru ao Brasil em abril deste ano. A operação foi realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB) e incluiu custos logísticos, diárias da tripulação e taxas aeroportuárias, segundo informou a própria FAB em resposta a um requerimento do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS).
De acordo com os dados oficiais, o custo logístico da viagem foi de R$ 318.009,20, as diárias da tripulação somaram R$ 7.547,62, e as taxas aeroportuárias ficaram em R$ 19.456,74. A aeronave decolou de Brasília na noite de 15 de abril, fez pouso técnico em Cuiabá, seguiu para Lima, retornou ao Brasil e pousou em Brasília na manhã seguinte, totalizando cerca de 12 horas de operação.
O transporte de Heredia gerou críticas de Van Hattem, que afirmou que o governo “usou um FAB como Uber para buscar uma corrupta condenada no Peru” e responsabilizou diretamente o presidente Lula pela decisão. A ex-primeira-dama, esposa do ex-presidente peruano Ollanta Humala, recebeu asilo diplomático do Brasil e recentemente entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar eventual extradição.
O advogado de Heredia à época da viagem, Marco Aurélio de Carvalho, destacou que a decisão do governo brasileiro estava amparada por um tratado internacional assinado com o Peru em 1954, justificando o uso da aeronave oficial para o transporte da ex-primeira-dama. A FAB também afirmou que não havia estimativa prévia de custos para a operação.











