8 de dezembro de 2025
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Governo investe R$ 9,8 bi para tornar o SUS resistente às mudanças climáticas

O Ministério da Saúde anunciou nesse domingo (30) um investimento de R$ 9,8 bilhões em ações de adaptação no Sistema Único de Saúde (SUS). O pacote inclui a construção de novas unidades e a aquisição de equipamentos capazes de funcionar mesmo diante de eventos climáticos extremos. As iniciativas integram o AdaptaSUS, apresentado na COP30, em Belém, como parte da estratégia para preparar a rede pública para os impactos das mudanças climáticas.

Durante o 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que a crise climática já se configura como um problema de saúde pública. Segundo ele, no mundo inteiro, um a cada 12 hospitais paralisa suas atividades devido a eventos extremos. No evento, também foi lançado o Guia Nacional de Unidades de Saúde Resilientes, que orienta a construção e adaptação de UBS, UPAs e hospitais com estruturas reforçadas, autonomia de energia e água, inteligência predial e padrões de segurança. O documento passa a integrar o PAC Saúde.

O ministério informou ainda que um grupo técnico foi criado para detalhar as diretrizes de resiliência. Ele será composto por especialistas da própria pasta, da Fiocruz, Anvisa, Opas e conselhos de saúde, com a missão de orientar os novos projetos para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. A expectativa é que as medidas reduzam vulnerabilidades e garantam a continuidade dos serviços em situações de risco.

Ainda no congresso, a pasta apresentou a Instância Nacional de Ética em Pesquisa (Inaep), criada para modernizar o sistema de avaliação ética de estudos com seres humanos no Brasil. A nova estrutura promete agilizar análises, evitar duplicidades, definir critérios de risco e regular biobancos, aproximando o país das melhores práticas internacionais e fortalecendo sua atuação em pesquisas clínicas globais.