O Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou nesta quarta-feira (10) que o salário mínimo será de R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026, um reajuste de R$ 103 em relação ao valor atual. O aumento, de 6,79%, leva em conta a inflação acumulada pelo INPC (4,4%) e o ganho real limitado a 2,5%, conforme previsto na legislação aprovada em 2023.
O novo piso atingirá diretamente cerca de 60 milhões de brasileiros, entre trabalhadores que recebem o mínimo, aposentados, pensionistas e beneficiários de programas como o BPC. Como diversos pagamentos oficiais são vinculados ao salário mínimo, o impacto fiscal é imediato. Cada R$ 1 de aumento gera, segundo o governo, R$ 420 milhões em despesas adicionais no ano seguinte — o que projeta um impacto de aproximadamente R$ 43,2 bilhões em 2026.
O reajuste reacende a discussão entre economistas que defendem desvincular benefícios previdenciários do salário mínimo, permitindo correções apenas pela inflação. Para defensores da medida, isso reduziria pressões sobre a dívida pública. Já o Dieese sustenta que, apesar do aumento, o novo piso segue distante do necessário para assegurar condições dignas: em novembro, a entidade calculou que o salário ideal para uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.067,18.










