O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mudou de ideia e desistiu de levar o julgamento do ex-presidente Fernando Collor para o plenário físico. O fato acontece depois que a maioria dos ministros formaram maioria para manter a prisão no plenário virtual.
Collor teve a prisão decretada de forma monocrática na noite da quinta-feira (24), pelo ministro Alexandre de Moraes. O julgamento da medida na corte iniciou de forma virtual na sexta-feira (25), quando o ex-presidente foi preso em Maceió. Na sessão, que deveria ocorrer durante todo o dia, Mendes pediu destaques do processo, o que significa levar o caso ao plenário físico.
Porém, a ação não impede que os membros da Corte declarem seus votos. E mais cinco ministros seguiram a decisão de Moraes: Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Carmen Lúcia e Dias Toffoli. Com isso, a sessão deve recomeçar virtualmente na segunda-feira (28), com encerramento previsto para o mesmo dia.
Fernando Collor foi condenado pelo STF em 2023 pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com o julgamento, o ex-presidente teria recebido propina na casa dos R$ 20 milhões para negociar acordos entre a BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras, e uma construtora, ainda em desdobramentos da Operação Lava-Jato. Collor está em uma ala especial do Presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, enquanto sua defesa espera uma resposta sobre o pedido de prisão domiciliar.