“Azul entra em turbulência: companhia pede recuperação judicial nos EUA, reduz frota em 35% e ações despencam!”
O céu escureceu para uma das maiores companhias aéreas do Brasil. A Azul Linhas Aéreas, outrora símbolo de inovação e expansão no setor da aviação, acaba de entrar com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos — o temido Chapter 11, usado quando empresas à beira do colapso financeiro tentam evitar o pouso forçado da falência.
Apesar dos comunicados otimistas da diretoria, a realidade é amarga: a empresa reduzirá sua frota em 35%, mergulhada em uma dívida bilionária, com ações que desabaram tanto na B3 quanto em Wall Street. A companhia, que transportou 30,8 milhões de passageiros apenas no ano passado, agora luta para não perder o próprio motor que a mantinha nos ares.
De gigante dos céus à sobrevivente em queda livre
A Azul tentou manter a fachada de normalidade. Voos continuam, o programa de milhas permanece ativo e bilhetes ainda são vendidos como se nada tivesse mudado. Mas quem acredita que uma empresa cortando mais de um terço da frota continua “normal”?
Essa reestruturação “voluntária”, segundo o CEO John Rodgerson, visa cortar mais de US$ 2 bilhões em dívidas, com a ajuda de US$ 1,6 bilhão em financiamento emergencial, além de aportes adicionais que podem chegar a US$ 950 milhões.
Mas nem todo esse combustível financeiro foi suficiente para acalmar o mercado. Os papéis da Azul abriram o pregão despencando 12% e fecharam em queda de 3,74%, cotados a meros R$ 1,03. Em Nova York, os ADRs afundaram 30% antes mesmo do sino tocar. A confiança? Quase no chão.
Céu de brigadeiro? Só para os credores estrangeiros
Quem respira aliviado são os parceiros americanos. United Airlines e American Airlines não só apoiarão a reestruturação como podem aumentar suas participações na empresa brasileira. A pergunta que ecoa é: quem realmente vai pilotar a Azul quando tudo isso acabar?
É o prenúncio de uma nova “Azul”? Ou será o fim da companhia como a conhecemos, agora controlada por investidores internacionais?
Recuperação ou despedida disfarçada?
O que está em jogo vai além da sobrevivência da empresa. O governo brasileiro acompanha o caso com lupa, já que a falência da Azul poderia transformar o mercado aéreo em um duopólio entre Gol e Latam, enfraquecendo a concorrência, elevando preços e limitando opções aos passageiros brasileiros.
Enquanto isso, a promessa de rotas novas para a Europa soa quase cínica diante da brutal redução da frota e da escalada de prejuízos — a Azul registrou um rombo de R$ 1,8 bilhão apenas no primeiro trimestre de 2025.