O relator da PEC da escala 6×1, deputado Luiz Gastão (PSD-CE), afirmou que a proibição total do modelo de seis dias de trabalho poderia engessar o mercado e prejudicar empregadores e trabalhadores. No relatório, ele manteve a possibilidade da jornada em seis dias, mas com limite de oito horas diárias e redução da carga semanal de 44 para 40 horas.
Segundo Gastão, o objetivo é ampliar a flexibilidade nas relações trabalhistas, permitindo que o trabalhador possa cumprir cinco dias de trabalho e folgar dois, caso seja essa a opção mais adequada ao setor ou à função. Ele defende que a proposta respeita diferentes dinâmicas econômicas.
O deputado argumenta que vetar a escala 6×1 afetaria profissionais que já trabalham menos horas distribuídas ao longo de seis dias, como ocorre em diversas categorias. Para ele, impedir totalmente o modelo significaria restringir o direito desses trabalhadores a manter jornadas mais leves e equilibradas.
Como exemplo, citou profissionais da saúde que cumprem 36 horas semanais em turnos de seis horas por seis dias. Segundo Gastão, uma proibição poderia obrigá-los a concentrar mais horas em menos dias, ampliando o desgaste diário e o tempo total fora de casa.
