Após quase dois meses de greve, o terceiro governo Lula (PT) assinou, na segunda-feira (27), um acordo com professores de universidades e institutos federais, com impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos. O termo assinado prevê reajustes que variam de 13,3% a 31,2% entre 2025 e 2026, mas nenhum aumento percentual para 2024.
O acordo foi assinado pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), entidade que vem assinalando acordos para o magistério superior e técnico — o último deles em 2012, na primeira gestão Dilma.
Mesmo sabendo que alguns pleitos não foram atendidos (como o de reajuste em 2024), a Proifes considerou que a proposta continha importantes avanços para a carreira e que ela deveria ser defendida. As demais instituições que não assinaram o acordo, incluindo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), terão mais um prazo para levarem novamente a proposta e poderão assinar o acordo futuramente, conforme o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).
O secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, que é o principal negociador do poder executivo, afirmou que o governo foi até o limite da negociação. “Quando nós negociamos, nós tivemos a sinceridade de dizer que o governo chegou ao seu limite na proposta. Nós chegamos ao limite, efetivamente. Não há mais como alterar a proposta”, ressaltou o secretário.