A expectativa de vida do brasileiro subiu para 76,6 anos em 2024, segundo o IBGE. O aumento equivale a 2,5 meses em relação ao ano anterior e confirma a tendência de crescimento da longevidade no país. Entre os homens, a média passou de 73,1 para 73,3 anos, enquanto entre as mulheres avançou de 79,7 para 79,9 anos. No cenário global, Mônaco lidera com 86,5 anos.
De acordo com o instituto, a expectativa de vida do brasileiro aumentou 31,1 anos nas últimas nove décadas, subindo de 45,5 anos em 1940 para os atuais 76,6. O avanço acompanha melhorias estruturais, sociais e sanitárias ao longo do período. No entanto, a sobremortalidade masculina segue elevada, especialmente entre jovens. Esse quadro está relacionado principalmente às mortes por causas externas.
A maior incidência de homicídios, acidentes e outras causas não naturais faz com que jovens homens morram mais do que mulheres da mesma idade. Em 2024, a sobremortalidade foi de 3,4 vezes no grupo de 15 a 19 anos, 4,1 entre 20 e 24 e 3,5 dos 25 aos 29 anos. O IBGE destaca que essas são as maiores taxas da série histórica. Sem esse impacto, a expectativa de vida masculina seria ainda maior.
A mortalidade infantil também apresentou melhora. A taxa caiu para 12,3 mortes por mil nascidos vivos, contra 12,5 em 2023. O recuo está ligado ao avanço de políticas públicas como vacinação, pré-natal e assistência básica, além de programas de nutrição infantil e incentivo ao aleitamento materno. Fatores sociais, como maior renda e saneamento, também contribuíram para essa redução.
Entre os idosos, a expectativa de vida continua crescendo. Aos 60 anos, os brasileiros vivem em média mais 22,6 anos — maior patamar em nove décadas. Homens nessa idade têm perspectiva de mais 20,8 anos de vida, enquanto mulheres alcançam 24,2 anos. Já quem chega aos 80 anos vive, em média, mais 8,3 anos (homens) e 9,5 anos (mulheres), segundo o IBGE.











