O ex-prefeito de Maragogi, Marcos Madeira, enfrenta uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) em uma investigação por crime de improbidade administrativa, incluindo um pedido de ressarcimento ao erário público no valor de quase R$ 2 milhões. A audiência na Justiça Federal está agendada para o final deste mês de novembro.
A investigação do MPF revela que Marcos Madeira autorizou dois contratos distintos, entre 2005 e 2006, com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), destinados à implementação de infraestrutura básica e recuperação de estradas em projetos de assentamentos. Um dos convênios também abrangia a perfuração de poços e instalação de sistemas de abastecimento de água. Contudo, após a liberação de R$ 1.829.370,00 para as obras, o Incra constatou, por meio de vistorias técnicas, que a maioria dos projetos não foi concluída conforme acordado.
A Polícia Federal, envolvida na investigação, apontou que os serviços previstos no Plano de Trabalho não foram executados ou foram realizados de maneira inadequada. Apesar das irregularidades, Marcos Madeira liberou quase R$ 2 milhões para a empresa Premium. Em 2018, o MPF moveu uma ação de improbidade na Justiça Federal, buscando reparação financeira. Além do ex-prefeito, o empresário Roberto da Graça Lopes, sócio da empresa Premium Construções LTDA, também é alvo da denúncia do MPF.