Juliana Leite Rangel, de 26 anos, que foi baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, em Duque de Caxias (RJ), contou que estava tentando proteger o irmão que tem deficiência visual.
“Tomei o tiro tentando salvar meu irmão. Eu mandei ele se abaixar porque ele é deficiente visual”, disse, em entrevista.
Rangel e a família estavam seguindo viagem para Niterói quando uma viatura da PRF disparou contra o veículo. A jovem foi atingida e teve que passar por um procedimento cirúrgico, e ficou um mês internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI), recebendo alta neste fim de semana.
Três policiais que estavam na ação foram afastados de suas funções. Em depoimento, eles afirmaram em depoimento que “durante a abordagem foram ouvidos estampidos e que, naquele momento, acreditaram que o barulho vinha do carro da família e isso os levou a efetuar os disparos”.
A Polícia Federal (PF) afirma que as investigações seguem em andamento e está aguardando a conclusão da perícia técnica criminal do local do crime.