Na sexta-feira (23), Estados Unidos, União Europeia e mais dez países da América Latina rejeitaram a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que respaldou a vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições de junho. O TSJ, aliado de Maduro, emitiu a sentença na quinta-feira (22), reconhecendo o resultado validado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), também controlado por partidários do governo.
A decisão do TSJ foi alvo de críticas porque, além de legitimar o resultado das eleições, não apresentou a contagem detalhada dos votos, uma exigência feita tanto pela oposição venezuelana quanto pela comunidade internacional. O pleito foi amplamente contestado, com denúncias de irregularidades e falta de transparência.
Em um comunicado conjunto divulgado nesta sexta-feira, EUA, Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai se pronunciaram contra a decisão do Supremo venezuelano. Eles também pediram uma “auditoria imparcial” dos votos, sublinhando a necessidade de transparência no processo eleitoral para garantir a legitimidade do resultado.
Até o momento, o Brasil ainda não se manifestou sobre a sentença do TSJ. No entanto, há expectativas de que o governo brasileiro emita um comunicado conjunto com a Colômbia sobre a situação na Venezuela, reforçando a posição da comunidade internacional em relação à falta de transparência nas eleições venezuelanas.