Em três meses, polícias de SP, RJ e Bahia mataram quase 400 pessoas

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No período de três meses, entre julho e setembro do ano passado, as polícias dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia mataram 394 pessoas em operações, conforme mostram dados do relatório global da Anistia Internacional divulgados na quarta-feira (24).

O órgão critica o uso excessivo da força pelas polícias brasileiras e aponta o Ministério de Justiça e Segurança Pública como um sistema inoperante no combate às violências. Além de mostrar que o governo federal ignora as medidas para reduzir a violência policial, incluindo o uso de câmeras corporais.

O documento reúne análises sobre a situação dos direitos humanos em 156 países. Segundo os dados, o uso excessivo da força letal pelas polícias também foi observado em toda a América, principalmente na Argentina, Brasil, Canadá, Cuba, República Dominicana, Honduras, México, Peru, Porto Rico e EUA.

“Em relação ao uso da força policial, a situação é de descontrole. Ele começa com o órgão constitucionalmente responsável por controlar a atividade policial, o Ministério Público, sendo omisso e inoperante e termina com casos de letalidade policial que não são levados à justiça. O recado que o Estado reitera é de que a polícia tem carta branca para matar e cometer outras violações, sobretudo, contra comunidades negras e periféricas”, diz Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil.

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