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Em Maceió, 15 mulheres denunciam suposto erro médico em cirurgias estéticas

Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (17), a Associação AME protocolou uma denúncia coletiva contra um cirurgião plástico por suposto erro médico cometido em cirurgias estéticas realizadas em Maceió. São pelo menos 15 mulheres que denunciaram o caso. 

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Durante o programa Cidade Alerta Alagoas, da TV Pajuçara/Record TV, a advogada Júlia Nunes, presidente da associação, falou sobre as denúncias.

Para o AME, há situações de diferença na simetria entre as mamas, possíveis mutilações nos órgãos femininos, além de problema na região do umbigo. A advogada também alega que não houve assistência no pós-operatório. A defesa das pacientes está focada em saber se houve crime ou erro médico, e que o caso seja investigado pela Polícia Civil de Alagoas. 

“A Associação foi procurada inicialmente por 15 e hoje já tem um grupo com 21 mulheres. Os relatos são de mais de 45 mulheres, que fizeram cirurgia com o mesmo cirurgião, com procedimentos estéticos que causaram danos não só físicos, mas emocionais severos. Meninas que fizeram novamente para corrigir e tornou ainda pior a consequência da cirurgia. Então estamos tentando recolher porque procuraremos a Justiça no sentido de a Polícia Civil investigar se houve ou não a prática de ilicitude durante o ato cirúrgico. Em verdade, hoje, pelo relato de todas elas, houve no mínimo uma negligência por parte do médico, que sempre justificava de alguma forma para adiar o problema, e posteriormente, culpava a própria vítima pelo resultado mal sucedido da cirurgia”, disse a advogada Júlia Nunes.

Os tipos de denúncias contra o médico foram descritas da seguinte maneira pela associação, “a mulher procurava fazer uma lipo e foi induzida a fazer uma abdominoplastia. Dessa cirurgia, de grande porte, os pontos se abriram. Uma delas chegou a ser suturada mesmo estando inflamada”.

“De mama, sendo uma maior que a outra, ou um seio com uma aréola para cima e outra para baixo. São inúmeras [denúncias]. De todas, nenhuma que fez o procedimento de mama não teve uma cicatriz gigantesca e não teve o peito com a simetria prometida pelo médico”, continuou.

A reportagem procurou o médico para pedir explicações sobre as denúncias, mas não obteve resposta. 

Após o caso ganhar destaque nas redes, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) emitiu um comunicado à imprensa na noite de segunda-feira e destacou que, em casos de denúncias, o órgão vai adotar medidas para apurar a conduta do médico associado. Porém, o SBCP disse que no momento não vai comentar especificamente o caso em questão. Veja abaixo:

“Prezados membros da imprensa,

Como uma entidade dedicada à promoção da excelência na prática da cirurgia plástica, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) – Regional Alagoas sempre se preocupa com a segurança e o bem-estar dos pacientes. 

Em casos de denúncias envolvendo membros da Regional, adotamos medidas para apurar a conduta profissional do associado e, se necessário, aplicar as sanções cabíveis.

Embora não possamos comentar especificamente sobre o caso em questão, é importante lembrar que a prática da medicina é complexa e que, em muitos casos, pode haver imprevisibilidade sobre a reação do organismo operado, a exemplo de fenômenos de cicatrização, acomodação e retração dos tecidos. Essas variáveis podem afetar o resultado final da cirurgia, mesmo quando todos os protocolos e cuidados foram seguidos. 

Cada caso é único e deve ser analisado de forma individualizada. Cada paciente tem sua particularidade e reage de maneira diferente aos procedimentos cirúrgicos. Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e com a justiça, sempre agindo em conformidade com as normas éticas e legais da profissão”.

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