Em entrevista ao programa Fantásitico, no último domingo (28), o estudante Diogo Marques relata que viveu momentos de desespero após uma noite entre amigos em São Paulo. Horas depois de consumir gin com energético, ele acordou sem enxergar nada. “Acordei, abri o olho e estava tudo preto, com uma dor de cabeça muito forte”, contou Diogo. O jovem sobreviveu, mas precisou ficar internado três dias depois que exames confirmaram a presença de metanol em seu sangue.
O metanol é um álcool usado na indústria para solventes e produtos químicos. No corpo humano, se transforma em substâncias tóxicas que atacam fígado, rins, cérebro e nervo óptico, podendo causar cegueira, convulsões e morte. Casos semelhantes de intoxicações vêm sendo registrados em diferentes cidades do estado. De acordo com a Vigilância Sanitária de São Paulo e o Centro de Investigação Toxicológica da Unicamp, ao menos 16 pessoas estão sob investigação, com seis confirmações de intoxicação por metanol e três mortes.
“É assustador. Meu amigo está internado há um mês”, disse Diogo. O amigo a quem ele se refere é Rafael, internado em estado grave há 28 dias. Ele está em coma desde 1º de setembro, quando foi diagnosticada a ingestão de bebida adulterada. A mãe, Helena Martins, que é enfermeira, descreveu o quadro como irreversível.
Segundo familiares, o grupo de amigos comprou as bebidas em uma adega conhecida. A polícia apreendeu garrafas de gin no local e as encaminhou para perícia. Ainda não há informações sobre a origem da contaminação.









