8 de dezembro de 2025
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Em crise, Nissan fechará de mais de 60 anos e demitirá 2,4 mil funcionários

A montadora japonesa Nissan anunciou o encerramento das atividades de uma de suas fábricas mais tradicionais, localizada nas proximidades de Tóquio. Em operação desde 1961, a unidade produziu mais de 17,8 milhões de veículos. A medida faz parte de uma reestruturação profunda diante de uma das maiores crises da história da empresa. Segundo o CEO Ivan Espinosa, trata-se de uma decisão “dura, mas necessária”.

O plano da nova gestão é reduzir drasticamente a capacidade de produção global, passando de 3,5 milhões para 2,5 milhões de veículos. Isso inclui o fechamento de sete das atuais 17 fábricas até 2028, o que deve resultar em cerca de 20 mil demissões no mundo todo. No primeiro trimestre de 2025, a Nissan registrou um prejuízo de US$ 4,5 bilhões (aproximadamente R$ 20 bilhões).

Além das dificuldades financeiras, a montadora também enfrenta desafios estratégicos. Em fevereiro, fracassaram as negociações com a Honda para uma possível fusão, já que a Nissan rejeitou a proposta de se tornar uma subsidiária integral. Nesta quarta-feira (16), as ações da empresa caíram 1,32% na Bolsa de Tóquio, refletindo a tensão do mercado com os rumos da companhia.