O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ordenou à Polícia Federal (PF) que analise as falas proferidas durante ato armamentista, em Brasília, no último domingo (09). O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estava entre os participantes do evento e comparou professores a traficantes.
Nas redes sociais, o ministro disse que o objetivo da investigação é identificar indícios de possíveis crimes, incluindo incitação ou justificativas para comportamento criminoso.
“Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez o professor doutrinador seja pior”, disse Eduardo. Ainda em discurso afirmou que o Brasil caminha para a mesma direção da Venezuela. “A Venezuela é o país mais violento do mundo, e o Brasil vai voltar a caminhar nesse sentido. Infelizmente, vai roubar muita vida de inocente, porque os caras do Ministério da Justiça não querem dar o acesso à legítima defesa a todos nós”. Além de também fazer críticas à CPI que investiga os atos antidemocráticos do 8 de janeiro. “Na CPI do 8 de janeiro, vi pró-armas recebendo um ataque e pessoas tentando vincular o pró-armas ao 8 de janeiro. Sabe o que isso significa? Que vocês estão fazendo um excelente trabalho”, ressaltou.
Em primeira edição do ato, os grupos que se manifestaram no domingo estão defendendo mudanças nas leis de armas do país. O presidente atual, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é contrário ao armamento da população e promoveu um recadastramento de armas de fogo no país derrubando decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro, de 7 de maio de 2019, que ampliou o acesso dos civis aos armamentos.