Em Alagoas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem recebido pressão de duas frentes que firmemente o apoiavam: dos professores e técnicos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e dos movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), após a indicação para a chefia do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no estado.
Docentes e técnicos da Ufal entraram em greve na última segunda-feira (29), em busca de reposição salarial e contra a redução no orçamento da universidade. Na prática, a greve atrasa ainda mais o calendário acadêmico, que já estava comprometido devido à paralisação no período da pandemia da Covid-19.
Enquanto os associados ao MST ocupam desde o final de semana a sede do Incra, em protesto contra a manutenção do controle do deputado Arthur Lira (PP) sobre o comando do órgão. O protesto ocorre após Wilson Cesar de Lira Santos, que é primo de Lira, ser exonerado do cargo e o deputado indicar Junior Rodrigues do Nascimento como novo superintendente.
Não está fácil a vida de Lula em Alagoas – além de ter que enfrentar o conservadorismo dos políticos locais que por ora compõem o seu governo, o presidente tem que lidar ainda com as pressões da própria esquerda.