Domingos Brazão foi ouvido nesta terça-feira (22) no segundo dia de interrogatórios no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele e o irmão, Chiquinho Brazão, são acusados de mandar matar Marielle Franco (Psol). No inquérito, os irmãos negaram conhecer Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, réus confessos do assassinato de Marielle do motorista Anderson Gomes.
Domingos Brazão disse que a primeira vez que viu Ronnie Lessa foi no Instituto Médico Legal (IML), na televisão, pela imprensa. Ao ser questionado pelo juiz Airton Vieira sobre o motivo de Lessa ter apontado os irmãos Brazão como mandantes do crime, Domingos disse que o delator “buscou uma saída”. “Ele está nos enterrando vivo. Preferia ter morrido no lugar da Marielle. Não dá para entender como esse rapaz dorme”, lamentou.
Na quarta-feira (23), foi finalizado o depoimento do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, prestará depoimento para o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (24), às 13h.
O major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira também é réu pelo assassinato de Marielle. Todos respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa e seguem presos por determinação de Alexandre de Moraes.