Maceió, 01 de maio de 2025.
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Discussão sobre Manifestação do MST divide vereadores na Câmara de Maceió

MST

A manifestação do Movimento Sem Terra (MST) na Praça Sinimbu, localizada no Centro de Maceió, gerou um intenso debate durante a sessão da Câmara Municipal de Maceió desta quarta-feira (12). O tema foi levantado pelo vereador Thiago Prado (PP), que criticou a ocupação de um espaço público pela manifestação e afirmou que buscará na legislação maneiras de coibir esse tipo de ato. Segundo Prado, ele pretende identificar códigos e regulamentações que impeçam futuras ocupações semelhantes e criar legislações que estreitem a relação entre o poder público e os agentes de segurança para prevenir o que ele chamou de “invasões” em áreas públicas.

Na sequência, o vereador Leonardo Dias (PL) entrou na discussão, aproveitando a ocasião para fazer um paralelo entre o atual governo e o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, durante a gestão de Bolsonaro, manifestações do MST eram praticamente inexistentes, enquanto, sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, o movimento teria se mostrado ‘insatisfeito’ com a atual administração. Ele destacou também que promoveu uma Lei que proíbe o poder público de adquirir alimentos produzidos em terras “invadidas”, segundo o vereador.

Em contraste com os posicionamentos de Prado e Dias, a vereadora Teca Nelma (PT) defendeu o MST, considerando a manifestação legítima e necessária. Para ela, o movimento, que ocupa a Praça Sinimbu com um grupo de mulheres agricultoras, tem um papel fundamental ao levantar pautas importantes como as reivindicações por melhorias no campo e pela reforma agrária. Ela reforçou a importância de se ouvir os anseios da população, principalmente de quem luta por direitos básicos como a terra.