Neste domingo (18) é celebrado o Dia do Orgulho Autista. Além de reforça a importância do diagnóstico precoce, a data busca quebrar preconceitos. Se descoberto ainda na infância, o tratamento ajuda a atingir elevados níveis de desenvolvimento e a interagir melhor com os outros, segundo especialistas.
A suspeita inicial do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é feita normalmente ainda nos primeiros meses de vida, durante as consultas para o acompanhamento do desenvolvimento infantil. Por ser essencialmente clínica, a identificação é realizada a partir das observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de métodos de monitoramento do desenvolvimento infantil. O TEA não tem cura, mas o diagnóstico precoce permite o desenvolvimento de práticas para estimular a independência e a promoção de qualidade de vida e acessibilidade para essas crianças.
A psicóloga Roberta Castelo Branco explica que os sinais precoces do autismo podem incluir:
- Dificuldades na interação social: atrasos ou dificuldades na comunicação verbal e não verbal, como atraso na fala, falta de balbucio, dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, uso repetitivo da linguagem e falta de contato visual;
- Comportamentos repetitivos ou restritos: movimentos repetitivos do corpo (por exemplo, balançar as mãos), fixação em objetos ou padrões específicos, resistência a mudanças na rotina ou ambiente;
- Hipersensibilidade sensorial ou insensibilidade a estímulos sensoriais: sensibilidade extrema a luzes, sons ou texturas, ou insensibilidade a dor ou temperaturas.
“É importante lembrar que esses são apenas alguns dos sinais possíveis. O diagnóstico deve ser feito por um profissional especializado, como um psicólogo ou médico especialista em desenvolvimento infantil, com base em uma avaliação abrangente do desenvolvimento e do comportamento da criança”, diz a psicóloga.