Carlos Lupi deixou o Ministério da Previdência Social no fim da tarde desta sexta-feira (2). A saída ocorre depois de Lupi ser pressionado com os desdobramentos da Operação Sem Desconto, que descobriu fraude bilionária entre os anos de 2019 e 2024, com descontos ilegais em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Não é a primeira vez que agora o ex-ministro passa por essa situação. Em 2011, Lupi ocupava a titularidade no Ministério do Trabalho no governo da presidenta Dilma Rousseff e foi alvo de denúncias que colocavam em xeque suas relações com organizações não governamentais (ONGs). À época, ele chegou a dizer que deixaria o cargo apenas à base de bala, mas saiu da pasta dias depois.
A Operação Sem Desconto foi apenas o estopim de uma avaliação bastante questionada pela cúpula do governo. As metas divulgadas no início do terceiro mandato de Lula não foram cumpridas, como a redução da fila das perícias no INSS.
Horas depois de Lupi deixar o cargo, Lula escolheu Wolney Queiroz como novo titular do Ministério da Previdência Social. Ex-deputado federal, Wolney era o secretário-executivo da pasta, considerado o número 2 do ministério.