O delegado Bernardo Leal, gravemente ferido durante a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão em 28 de outubro, está prestes a receber alta hospitalar, mas continuará em tratamento intenso. Após ter a perna direita amputada devido a um tiro que atingiu a veia femoral, ele dependerá de home care, fisioterapia contínua e de uma prótese avaliada em cerca de R$ 500 mil, segundo a família.
Sem recursos para custear o tratamento, parentes e amigos organizaram uma vaquinha on-line, que será lançada nos próximos dias junto a um vídeo gravado no hospital. O pedido de ajuda foi confirmado pela família, que alerta para o aumento de golpes envolvendo campanhas falsas. A Polícia Civil não oferece hospital próprio para atendimentos complexos nem suporte financeiro para próteses ou cuidados domiciliares.
Bernardo foi atingido durante a Operação Contenção, que deixou 122 mortos, incluindo cinco policiais. Para salvá-lo, colegas da Delegacia de Repressão a Entorpecentes o retiraram às pressas da Serra da Misericórdia em uma moto até uma ambulância. A amputação foi a única alternativa para conter a hemorragia grave.
Em mensagem divulgada entre policiais, o delegado pediu apoio para financiar sua prótese e reabilitação. “Eu perdi um pedaço de mim no combate, mas ganhei uma nova causa”, disse. Ele compartilhou uma chave Pix para doações, afirmando que cada contribuição representa “um passo em direção à vida” e ao seu retorno à ativa.
“Eu perdi um pedaço de mim no combate, mas essa experiência não vai me parar. Pelo contrário, ganhei uma nova causa. E é aqui que eu preciso de você. A ajuda de vocês não é apenas para pagar uma prótese, é para financiar o meu retorno. É para me dar a chance de caminhar de novo, de voltar a ser quem eu sou e continuar minha luta em defesa de toda a sociedade. Qualquer valor é um passo meu em direção à vida.”
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