Em uma medida de urgência, a Defesa Civil de Maceió enviou um documento ao Ministério Público Federal (MPF) buscando apoio para monitorar as minas de sal-gema da Braskem nas proximidades da Lagoa Mundaú. Especificamente, as minas de números 20, 21 e 29, próximas à que entrou em colapso em dezembro passado. O pedido inclui a atualização do protocolo para lidar com o chamado sinkhole, revelando preocupações com o sistema de monitoramento existente e solicitando a elaboração de um plano emergencial na região.
O documento, datado de 30 de dezembro e obtido pelo Portal Na Rede, detalha seis recomendações diretas tanto para a Braskem quanto para a Força Tarefa que monitora a Base de Mineração no bairro do Mutange, em Maceió. A Defesa Civil expressa apreensão quanto à situação das minas, menciona a ocorrência de pequenos tremores de terra e o deslocamento horizontal das margens da Lagoa Mundaú. Destaca-se a falta de monitoramento adequado do avanço das crateras.
As minas 20 e 21, agora formando uma única caverna subterrânea com mais de 100 metros de altura, e a mina 29, com 91 metros de altura e formato geométrico, estão no foco do pedido de monitoramento urgente. O relatório da Agência Nacional de Mineração (ANM) aponta a necessidade de tecnologia de sonar para monitorar essas cavidades, indicando uma ausência de informações nos últimos cinco meses sobre essas áreas críticas.