O Conselho Deliberativo do CSA marcou para esta terça-feira (18), às 19h, uma reunião que pode alterar profundamente a estrutura política do clube. O grupo pretende votar uma mudança no regimento interno para criar um Conselho Vitalício com 20 membros escolhidos internamente. Esses conselheiros teriam mandato permanente, acima de eleições e sem participação direta da torcida azulina, o que já gerou intensa reação.
A medida é vista por opositores e torcedores como uma manobra para concentrar poder no fim do mandato do atual Conselho, que expira em 6 de dezembro. A votação repentina, às vésperas do processo eleitoral, é encarada como um golpe regimental que enfraquece a transparência. Para parte da torcida, trata-se de uma tentativa clara de blindagem contra futuras gestões e processos de fiscalização.
Diante da movimentação, o conselheiro Gustavo Ferreira ingressou com um pedido de liminar no Tribunal de Justiça de Alagoas para suspender a reunião. O processo, de número 0759795-85.2025.8.02.0001, será analisado pelo juiz José Cícero Alves, da 3ª Vara Cível da Capital. A decisão deve sair ainda hoje e pode barrar o encontro antes da votação.
A possibilidade de criação de um Conselho Vitalício aumentou a tensão nos bastidores e provocou forte indignação entre os torcedores. O clube vive uma profunda crise financeira, institucional e esportiva, e muitos enxergam a manobra como uma tentativa de impedir mudanças estruturais. A repercussão tomou as redes sociais ao longo do dia.
Se aprovado, o novo modelo concederia aos 20 conselheiros vitalícios influência direta e definitiva sobre a gestão, além de poder sobre futuras diretorias e presidentes. Caso a Justiça aceite o pedido de liminar, a votação será imediatamente suspensa. O CSA vive um dos seus dias mais turbulentos, e o futuro do processo democrático no clube agora depende da decisão judicial.
