A sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) desta terça-feira (6) teve um momento de troca de farpas entre deputados estaduais. A discussão começou quando a crise iniciada com a Operação Sem Desconto, que descobriu descontos indevidos em aposentadorias e pensões vinculadas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O deputado Ronaldo Medeiros (PT) celebrou o fato da investigação ser descoberta durante o terceiro mandato de Lula e destacou o prometido ressarcimento aos aposentados prejudicados indevidamente. Além disso, o petista enfatizou que as fraudes foram iniciadas quando Jair Bolsonaro era presidente.
“Se tem fraude, se tem roubo, começa no governo mais corrupto, mais ladrão que essa nação já teve, que foi o governo Bolsonaro. Deixou pessoas na pandemia morrerem, discriminou mulheres, governo violento e essas fraudes no INSS só foram descobertas porque tem um governo sério, combate à corrupção e polícia federal livre”, falou.
Em resposta, Cabo Bebeto (PL) afirmou que o ressarcimento não deve ser celebrado porque não virá dos acusados de cometerem as fraudes. “Polícia Federal sempre foi livre e está trabalhando. Quando a esquerda se junta, ou está roubando ou vai roubar”, disse.
A troca de farpas gerou comentários de outros parlamentares. Antônio Albuquerque (Republicanos) lamentou que o espaço na ALE tenha sido usado para acirrar a polarização política, de olho nas eleições de 2026. “Usar o microfone para colocar uma cortina de fumaça, defender um acontecimento com todas as famílias do país que tem aposentado. É preciso ter estômago para ouvir certas declarações”, afirmou.
Francisco Tenório (Progressistas) pediu que a devolução das verbas descontadas indevidamente seja feita o quanto antes para minimizar os prejuízos. “O dinheiro tem que ser devolvido pelo órgão que autorizou o desconto. O governo tem que apurar e buscar esse dinheiro de quem levou, mas não podem ficar no prejuízo as pessoas que tiveram desconto irregular nos proventos”, declarou.