A imagem de crianças palestinas sorrindo e cantando pelas ruas de Gaza, celebrando o cessar-fogo, foi descrita por agências internacionais como uma das mais bonitas e simbólicas do ano. Depois de 733 dias de guerra e sofrimento, o conflito que devastou a Faixa de Gaza começa a dar sinais de encerramento, impulsionado pela pressão e solidariedade da comunidade internacional, que exigiu o fim do que muitos chamam de genocídio contra o povo palestino.
O governo de Israel aprovou nesta quinta-feira (9) um acordo com o grupo Hamas para a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, marcando o início da trégua. Segundo o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o pacto prevê a libertação de todos os reféns, vivos e mortos, como parte da primeira fase de um plano de paz mediado pelos Estados Unidos.
De acordo com o Consulado-Geral de Israel no Brasil, 48 reféns serão libertados, dos quais 20 ainda estão vivos, em troca de cerca de 2.000 prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua. O acordo também determina o reposicionamento das tropas israelenses até uma linha territorial previamente estabelecida e o início de um cessar-fogo imediato, com duração inicial de 24 horas.
Durante o período de trégua, o Hamas terá até 72 horas para libertar todos os reféns que ainda permanecem em cativeiro. Em contrapartida, Israel iniciará a libertação gradual dos prisioneiros palestinos. O pacto também amplia o fluxo de ajuda humanitária em Gaza, permitindo que o auxílio chegue pela fronteira com o Egito. A aprovação do plano é vista como um passo histórico para encerrar um dos capítulos mais sombrios do conflito no Oriente Médio.
